sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Passagem onírica

Eu quero ir minha gente
Eu não sou daqui
Eu não tenho nada
Eu não tenho nada, nada.
Foto, Thales: www.flickr.com/thalespg http://www.tlspgallery.blogspot.com/
Não consigo ficar em um dia de chuva sem sua presença quente. Me dói n'alma dominada pelo corpo, sinto vontade de vomitar.estou frágil, não tenho nada, nada.

Quem me disse foi Kundera

"Tomas nasceu de um ditado (einmal ist keinmal), Teresa surgiu dos ruídos do seu ventre.

A primeira vez que ela atravessou a soleira do apartamento de Tomas, suas entranhas foram tomadas por ruídos . Não é de se espantar: ela não tinha almoçado nem jantado, contentando-se apenas com um sanduíche comido na estação antes de subir no trem. Com a idéia de sua audaciosa viagem esqueceu-se de comer. Mas, quando não cuidamos do nosso corpo,tornamo-nos mais facilmente vítimas dele. Esse suplício de ouvir suas tripas tomarem a palavra no momento em que estava face a fece com Tomas! Estava a beira das lágrimas. Passados dez segundos, felizmente Tomas abraçou-a, e ela pôde esquecer as vozes de seu ventre." -A Insustentável Leveza do Ser, Milan Kudera


Lendoeautoanalisandose.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

lucas

"Entre muitas outras coisas, tu eras para mim uma janela através da qual podia ver as ruas. Sozinho não o podia fazer."

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Queria chuva

Aí então, a água correria pela rua, me levaria pelos boeiros e terminaria no mar. Terminaria no mar, marinheiro só.

De tempos

Este ano, foi o ano mais estranho. Tive bons momentos, mas não tenho certeza se me lembro deles. Só sei que os tive. Abandonei minha agenda, minha leitura, meus desenhos, meus desejos. Esse ultimo mês está sendo complicado. Eu tenho ciúmes, tenho medo, tenho um corpo, oh! Estou mais humana do que nunca! Não sei mais pensar, não sei mais falar, só sei reagir a estímulos e não canso de repetir: é quando a alma está presa nas entranhas e luta desesperada para sair. Vou ocupar meu tempo, minha mente e voltar. Voltar e ir embora. nós temos que ir.
Pode-se ver que ao longe tudo parece tão claro. É como quando o dia fica nos meus dedos e meus pés estão para o teto. Acendi o abajur, deitei, li e dormi um sono bom.