quarta-feira, 20 de outubro de 2010

era plena, louca, agora é escória.

A identidade II

Temos menos vontade de dormir não por insônia e sim por medo dos sonhos que possam vir com o sono. Em momentos de crise sonhos bons me trazem uma alegria especial, mas sonhos ruins me fazem perder identidade, o fio que me liga a realidade. Essa semana tenho visto que só acordo para dormir, durmo tarde da madrugada, essa semana eu só tenho me lembrado de meus sonhos/pesadelos. Tive a sensação de que tudo antes não tinha sido verdade, sinto vergonha de algumas coisas feitas e arrependimento de algumas coisas ditas. Serei eu vítima de meu próprio corpo e subconsciente. Tenho tido medo. Quem inventou tudo isso?

terça-feira, 19 de outubro de 2010

A identidade, M.K.

Dia 19 de Outubro 7:46 da manhã, não tenho dormido bem, fiquei lendo até as 3 e meia da madrugada. Ao tentar ir dormir, fiquei mais 30 minutos pensando e rodando na cama, pressionando minha mandíbula (tem sido assim há quase duas semanas).

Não sei se por causa da coincidência com o livro ou apenas por loucura. Em "A identidade" vi coisas que acontecem comigo e que aconteceram de alguns meses para cá. Assustei-me, e juntou-se a esse susto uma vontade de livrar-se da tensão que não me deixava dormir. Mas que loucura a minha! Não sei o que deu em mim. Eu estava bem, tensa, porém bem, sentia-me bonita e suficientemente uma mulher desejável, que chamava atenção, não por beleza em si, mas por sentir-se atraente. E quando Chantal falou para Jean-Marc que "os homens não viram mais para olhar para mim" vi uma leve coincidência de fatos se concretizarem de forma induzida( mas inconsciente) ontem neste ato de loucura. E agora, estou mais tensa, tirei uma parte de mim que ainda me sustentava no mundo feminino da atracão, e, tornei-me um ser bizarro onde param e olham para mim( como era de costume, não só homens, mas mulheres também) não mais por chamar atenção e beleza e sim por ser bizarro, estranho e repulsivo. Tentarei valorizar meu corpo para esconder o ridículo que carrego na cabeça. Além de repulsiva, estranha, também me sinto burra. Tão burra quanto antes, quando esse ano inteiro passei vender mina'alma por um punhado desnecessário de irracionalidade impulsiva. Pelo menos antes, meus momentos de loucura tinham uma justificativa e um motivo óbvio, só que depois de abandona-lo, não faz mais sentido.
E como Chantal no livro, tenho tido sonhos ruins dormindo mal, sempre acordando. O ultimo sonho que tive Chantal sonhou algo bem parecido. Isso me deu arrepios. E me sinto como ela, velha e pouco atraente, com vergonha do meu corpo, como nunca senti antes.