segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Um sono bom, o que era pesadelo.


Sinto cheiro de carniça, de paixão bandida, de amor desgraçado. Ainda, treme suas pernas e embrulha seu estômago em fome.
Sua eterna vontade de putaria.
Te faz cambalear,
mentir falando alto. Eu sinto seu cheiro de prazer e desejo do podre.
Sinto no ar que chegou, voltou e está fugindo. Minha pele arrepia de tanto mal pensar
 o que dizer e o que desejar: amar ou odiar.
Perdoar ou se vingar?
Os dois a sacudir o seu, o meu. O corpo, no meu olhar, a minha mira, vai fazer _ desabar.

No fim, reencontra, se aconchega e dorme um sono bom, o que era pesadelo.


Foto:Thales Pessoa

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Conseguiu. Sim, onde está aquilo tudo que interessava? As conversas demoradas sobre as letras dos nossos sonhos. Para onde foi toda aquela intensidade criativa que me fervilhava as entranhas entre as palavras regurgitadas sem controle, sem pressa de calar-se?Conseguiu!
É, agarrou e levou junto com o peso do seu corpo maciço(chumbo), mundano e fétido, para o fundo do poço da tal felicidade.

 Deixou pobre, soberba, aquela que Manchou de magenta, azul ultramar nas linhas do teu corpo
  tatuagem.
Para onde foi o teu francês mediano
promete voltar, mas deseja estar longe.Conseguiu.
Não há mais nada.