Não tem vida própria, passou-a idealizando o futuro/presente. Os dias são esperas, as coisas que deseja parecem distantes, mas causam arrepios. Suspira quando chega em casa e pode se aquecer do gelo que evolve seu corpo. Está vazia. É uma grande mula, seu corpo só tem ações vitais e reações de instinto animal. Desiste as pressas de tudo que aspira, magoa alguém e sai pela porta com ar de arrependimento e dó de si. Pensa furiosamente em morte ou em auto-flagelo daquele pedaço de carne, que, agora anda e não consegue chorar. Sente um ódio de si. As vísceras vibram, choram a prisão de uma alma que antes parecia tão intensa.
Vá continue, ande por essa reta, caia nessa constante. Está morta, não quer mais nada. Não tem mais nada.
É só o que resta.
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário