quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Sonhos e cartas

Um dia acordei feliz, tive um sonho louco. Estava só. Sozinha em uma cidade. Era uma linda e bizarra cidade fantasma. Éramos nós: eu, um bloco de folhas, envelopes e uma caneta. Aquela grande solidão me preencheu de sonhos. Escritas as cartas, com todas as folhas possíveis e todas as palavras do mundo, eram cartas que não tinham um destinatário. O vazio me toma por inteiro, aquela cidade aparentemente minha, não me completava. E todos os sonhos, os planos escritos, de nada serviam. Eram apenas fugas, que agora se tornaram realidade. Essa cidade me enche de sonhos, mas sem alguém para estar nas minhas cartas, ela se torna um imenso vácuo. Você deveria vir, você deveria preenche-la com seu amor leve. E então seriamos dois, e todas as cartas teriam um destino: dormir e sonhar

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