sexta-feira, 29 de abril de 2011

Encolhe

Acredite, não há mais nada, não há mais nada que eu possa sentir. Tornou-se um peso, e não quero mais. Ver seu rosto fechado, decepcionado, ouvir palavras-navalha cortando meu rosto foi a maior dor que eu pude sentir. Só chorei, chorei por dentro, de medo e vergonha. Acredite, eu fui inocente, não evitei os carinhos, sim, eu errei. Não há mais nada em mim, e de ti só restou aquele teu ultimo olhar, aquele olhar de cima, a me diminuir e me encolher.

Entra, meu amor, fica à vontade
E diz com sinceridade o que desejas de mim
Entra, podes entrar, a casa é tua

Já que cansaste de viver na rua
E os teus sonhos chegaram ao fim
Eu sofri demais quando partiste
Passei tantas horas triste
Que nem quero lembrar esse dia
Mas de uma coisa podes ter certeza
O teu lugar aqui na minha mesa
Tua cadeira ainda está vazia

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Por saber que valeu delirar e morrer de paixão.

domingo, 17 de abril de 2011

um nó

Preso na garganta, no suor dos dedos. Só quis me recolher, encolher e corroer meu ventre, meus cabelos escondendo o rosto. Com um pouco de dó, de nó, para ver ir embora. Tenho dor do que foi e o do que vai ficar. Tenho nó.


Ainda estou aqui, como vai ser quando eu chegar lá? outra espera? minha cidade antiga vai voltar com o peso de meus pensamentos? Vai me diminuir a uma loucura ou é só esquecer?

segunda-feira, 4 de abril de 2011

O rosto grudado no lençol, nada de pesadelos. Espero o mês Agosto e seus ventos.