terça-feira, 18 de setembro de 2012

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Cinzeiro

A brasa consome o tabaco, mistura de sabores, dissabores, cheiro ruim e carbono. O cigarro se consome como eu me consumo todos os dias. Onde? E esses cheiros se tornaram o meu cheiro, meu tato. Meu rosto derrete, escorre meu corpo, me deixa fraca. Cobertas, cama, cozinha, lixos, panelas, sofá e TV sem antena. Cobertas desesperam o frio que não vem. A cidade em cinzas sem o vulcão no chile. Havia cores, flores, olhos, doce, traços, agridoce e pimenta verde. Em dois dias caí na cama e nunca mais levantei. E de novo, de volta; eu sou? um pedaço de pão seco, a cinza do teu cigarro.


foto:Thales Pessoa

sábado, 9 de junho de 2012

Nós podemos, mas não sabemos amar. Somos egoístas.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Quantas chuvas vão molhar meu rosto, lavar meus olhos e encher rios e mares? Quantas chuvas vão encharcar meus lençóis, meus jardins, minha terra? Quantas chuvas vão inundar meu ventre e transbordar meus olhos? Quantas chuvas vão banhar meus seios? Quantas chuvas vão passar? E quantas vão ficar?  Quantas chuvas você quer? Quantos dias se sol você ainda vai tirar de mim?

quinta-feira, 22 de março de 2012

Nossos sonhos e promessas? Você disse que tinha medo que eu amasse de novo. E só você podia amar, só você podia ter dois. Não vê que não adianta mais usar seu sofrimento como justificativa? Me enganou sim, não pensou se eu estaria sofrendo.Mesmo por tudo que passamos, eu nunca desisti de você ouvir o contrario sair da sua boca doeu mais do quando eu tive que te deixar. Ou era eu ou era você. Se for para se ferrar, antes se ferre você do que eu. E faria de novo.

terça-feira, 20 de março de 2012

Água, cor, breu.
Lençóis brancos entre minhas pernas. O azul!
Olhando para mim, manchando minhas palavras. Minha boca em magenta aquarela.
Sozinho.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Tem que ser e assim será. Está tudo ótimo.

Chá de ontem, requentado


Sou só um nó de carne mesmo 
Aquele pedaço, pobre pedaço, Ambulante que vive para passar os dias
E anda cambaleante esperando algum sinal de vida.
Sem perguntas, sem pontos finais. Só em nós nas tripas, nós nos becos e ribanceiras. Que medo de olhar para trás. Chá requentado, quem nunca sentiu o mesmo gosto duas vezes?

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

O melhor é ir dormir e sonhar para acordar com aquele leve gosto de surrealismo.
Agora eu entendi porque tantas pessoas ficam só. É difícil medir palavras, ser o que não é para não perder as pessoas ou ser demais sem se tocar de que se é uma pessoa realmente desagradável.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

O que passou espero fique bem longe,
Suspirar, cheiro de nostalgia, como pude ficar tanto tempo longe?  Suspirar.
 Olhe o céu, está tão lindo hoje. Quero mais risadas e trapalhadas, e do tempo nada me resta. Suspirar, gargalhar! RÁ, como o céu está lindo!
Onde esteve todo esse tempo? É de verdade, sempre. Suspirar. Ah... como se fosse ontem! Bom saber que te encontrei,  me sentir novamente, pois eu estava tão longe
Escondida nas profundezas do meu umbigo. Tropeçamos nas novidades, é de verdade.Vamos catar o céu que está sob os nossos pés, pois a saudade não mata quando se é.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Um sono bom, o que era pesadelo.


Sinto cheiro de carniça, de paixão bandida, de amor desgraçado. Ainda, treme suas pernas e embrulha seu estômago em fome.
Sua eterna vontade de putaria.
Te faz cambalear,
mentir falando alto. Eu sinto seu cheiro de prazer e desejo do podre.
Sinto no ar que chegou, voltou e está fugindo. Minha pele arrepia de tanto mal pensar
 o que dizer e o que desejar: amar ou odiar.
Perdoar ou se vingar?
Os dois a sacudir o seu, o meu. O corpo, no meu olhar, a minha mira, vai fazer _ desabar.

No fim, reencontra, se aconchega e dorme um sono bom, o que era pesadelo.


Foto:Thales Pessoa

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Conseguiu. Sim, onde está aquilo tudo que interessava? As conversas demoradas sobre as letras dos nossos sonhos. Para onde foi toda aquela intensidade criativa que me fervilhava as entranhas entre as palavras regurgitadas sem controle, sem pressa de calar-se?Conseguiu!
É, agarrou e levou junto com o peso do seu corpo maciço(chumbo), mundano e fétido, para o fundo do poço da tal felicidade.

 Deixou pobre, soberba, aquela que Manchou de magenta, azul ultramar nas linhas do teu corpo
  tatuagem.
Para onde foi o teu francês mediano
promete voltar, mas deseja estar longe.Conseguiu.
Não há mais nada.