A brasa consome o tabaco, mistura de sabores, dissabores, cheiro ruim e carbono. O cigarro se consome como eu me consumo todos os dias. Onde? E esses cheiros se tornaram o meu cheiro, meu tato. Meu rosto derrete, escorre meu corpo, me deixa fraca. Cobertas, cama, cozinha, lixos, panelas, sofá e TV sem antena. Cobertas desesperam o frio que não vem. A cidade em cinzas sem o vulcão no chile. Havia cores, flores, olhos, doce, traços, agridoce e pimenta verde. Em dois dias caí na cama e nunca mais levantei. E de novo, de volta; eu sou? um pedaço de pão seco, a cinza do teu cigarro.
foto:Thales Pessoa
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
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