terça-feira, 18 de maio de 2010
Metade arrancada de mim
Só sinto o meu corpo, como quando você toma alguma substancia alucinégena e seu corpo te domina com movimentos, sons estranhos e dor; toda sua atenção e sua preocupação é cumprir as necessidades dele. Estou com borboletas enorrrmes que voam entre meu estômago e meu esôfago causando uma constante vertigem, não consigo comer. Escuto os movimentos das minhas vísceras oscilando de acordo com o que penso, paro e passo a sentir só isso e nada mais. Estou desesperada, porque nada está fazendo muito sentido agora e tudo que eu quero é uma cama macia em um lugar frio, nua com uma presença quente ao meu lado. Só um abraço espantaria essas borboletas do meu estômago. Só minha vontade de ser mais do que agora eu sou; um corpo, uma carne falante; poderia evitar todos os meus erros. Estou com medo, mais medo do que o meu medo constante de ficar assim por mais tempo, aqui.
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