quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Deserto de Sal


Abandona, me deixa no meio do deserto e volta de novo e de novo e para sempre. Volta para o mar,
o mar do sal que corta meus sonhos nos seus sonhos, sempre. Vai.
Vai, Volta, corta este passado que corroe e maltrata minha pele e dança a ciranda da nostalgia. Nós aos pés do seu mar.
Derramar,
Chorar, doer, morrer de tanto o mar.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Acordar (sem dormir) e esperar uma mudança. Impossível ela acontecer só, o que fazer? Papéis em branco e um ano deixado para trás sem proveito artístico. Onde devo estar me escondendo, nas entranhas?
Por isso tanta vertigem, constante vertigem.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Chá forte, travando, amargo, sem voltas e sem açúcar.

O incerto, o torto, o intenso, inseguro, o confuso, eterno, o finito, o infinito, o tardio, o demorado, o doloroso, o amargo, cheio de cor, o breu, o sarcástico, o grande, o sutil, o grosseiro, o direto, o indireto, o louco, insano, o sóbrio mais insóbrio, o imenso; o sair, correr, fugir e depois voltar atrás.

Love me two times, girl
One for tomorrow
One just for today
Love me two times
I'm goin' away

Love me one time
I could not speak
Love me one time
Yeah, my knees got weak

Love me two times, girl
Last me all through the week

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Com açúcar, para adoçar a boca.

Não é de cais do porto ou do armarinho do seu Aragãozinho Moscoso, nem da casa noturna de dona fulô ou das noites quentes de candomblé: é calor das caldeiras do navio, é vapor da casa de máquinas, é o azul imenso do céu que encontra o mar e o desconhecido nas profundezas das fossas abissais.
Se é amor de marinheiro sempre há volta, ou nunca mais. O porto sempre estará lá, se há de rever o amor tão imenso, há de rever. Um navio tem sempre o destino errante, mas no mar, tudo pode acontecer.
je promise que je vais revenir
ces't vrai.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Sonhos e o castigo



Minha boca presa em lábios grudados e rachados, tenho nos olhos a visão do horror da noite passada. O sonho me fez vomitar a bílis, não tenho como deglutir uma coisa tão áspera como a morte por um amor. Um amor, que nos sonhos vira as costas e anda com desprezo, atrás um feto, um ventre que chora. Há de voltar atrás por aquele pobre pedaço de carne humilhado? Não. Segue em frente e meu ar sufoca. Imagens em desespero, eu corro pelo apartamento vazio como numa paralisia do sono. Onde estaria essa carne agora? Podre. Esquecida para um futuro incerto de inseguranças e erros. Quantos erros as pessoas podem cometer? Quantos erros você aceita cometer? nenhum, mas cometi todos eles: o de sonhar e amar, juntos como uma prece infinita e ecoando na minha mente.

Agora, tenho minha cabeça encostada em travesseiros, qual será o presságio dessa noite? dormir só.
Ter em mãos uma vida desordenada, no amor e na dor. Teria eu coragem de mudar tudo isso? Seria eu mais um artista fracassado, no álcool, no vício? ainda tenho em mim a vontade de mudar, e tudo me faz regredir e me diminui ao ponto de não conseguir falar. Estou novamente presa a um amor antigo, a uma dor constante de perda. Estar só, parece uma virtude, eu tentei que fosse, mas está mais para o vazio. Estar só, deveria encher-me de auto conhecimento, e produção artística. Isso tudo me puxa para um buraco de matéria escura, carne e sangue, seria eu a próxima artista a afundar no completo vazio? Serei eu a próxima artista a não conseguir ser artista?

domingo, 24 de julho de 2011

Devo partir uma segunda vez, para bem longe deste reencontro, deste lugar que insiste em ter seu cheiro.

Devo partir uma segunda vez, para bem longe deste reencontro, deste lugar que insiste em ter seu cheiro. E o que eu sinto? Por tudo que aconteceu de errado, parece que nessa sexta-feira seu olhar me encarava com nostalgia, eu tentei devolver em palavras e desviando meus olhos dos seus. Desde então, meus estômago e coração estão prestes a saltar pela minha boca. E meus olhos, como os seus há alguns meses atrás, estão molhados de um lamento sem fim.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Começo de um mês torto, cansado, com minha mente exausta de vazio. Quero poder sumir na poeira das ruas. Começo de um mês preguiçoso, com carinhos, colchas e vinho. Aquela terrivel vontade de sair, fechar os olhos e dormir longe.

domingo, 8 de maio de 2011

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Encolhe

Acredite, não há mais nada, não há mais nada que eu possa sentir. Tornou-se um peso, e não quero mais. Ver seu rosto fechado, decepcionado, ouvir palavras-navalha cortando meu rosto foi a maior dor que eu pude sentir. Só chorei, chorei por dentro, de medo e vergonha. Acredite, eu fui inocente, não evitei os carinhos, sim, eu errei. Não há mais nada em mim, e de ti só restou aquele teu ultimo olhar, aquele olhar de cima, a me diminuir e me encolher.

Entra, meu amor, fica à vontade
E diz com sinceridade o que desejas de mim
Entra, podes entrar, a casa é tua

Já que cansaste de viver na rua
E os teus sonhos chegaram ao fim
Eu sofri demais quando partiste
Passei tantas horas triste
Que nem quero lembrar esse dia
Mas de uma coisa podes ter certeza
O teu lugar aqui na minha mesa
Tua cadeira ainda está vazia

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Por saber que valeu delirar e morrer de paixão.

domingo, 17 de abril de 2011

um nó

Preso na garganta, no suor dos dedos. Só quis me recolher, encolher e corroer meu ventre, meus cabelos escondendo o rosto. Com um pouco de dó, de nó, para ver ir embora. Tenho dor do que foi e o do que vai ficar. Tenho nó.


Ainda estou aqui, como vai ser quando eu chegar lá? outra espera? minha cidade antiga vai voltar com o peso de meus pensamentos? Vai me diminuir a uma loucura ou é só esquecer?

segunda-feira, 4 de abril de 2011

O rosto grudado no lençol, nada de pesadelos. Espero o mês Agosto e seus ventos.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Uma colher cheia de açúcar, por favor!

Sim, hoje eu fiz um chá, mas um chá daqueles, bem amargo e intragável. Para não sentir o gosto ruim, finalmente, depois desses dois anos vou encher esse chá(blog) com uma colher de açúcar!-Não me orgulho disso- Há exatamente duas semanas, minha vida tomou um rumo e eu só entendi isso agora. Eu tenho neste exato momento um intestino dobrado pelas forças da ansiedade, um rosto deformado em lágrimas, um enorme frio na barriga e uma constante sensação de vertigem. Eu sei, deveria estar feliz, mas eu não tenho estrutura emocional (para nada) alguma quando o assunto é amar.

Justificando o post anterior.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Sonhos e cartas

Um dia acordei feliz, tive um sonho louco. Estava só. Sozinha em uma cidade. Era uma linda e bizarra cidade fantasma. Éramos nós: eu, um bloco de folhas, envelopes e uma caneta. Aquela grande solidão me preencheu de sonhos. Escritas as cartas, com todas as folhas possíveis e todas as palavras do mundo, eram cartas que não tinham um destinatário. O vazio me toma por inteiro, aquela cidade aparentemente minha, não me completava. E todos os sonhos, os planos escritos, de nada serviam. Eram apenas fugas, que agora se tornaram realidade. Essa cidade me enche de sonhos, mas sem alguém para estar nas minhas cartas, ela se torna um imenso vácuo. Você deveria vir, você deveria preenche-la com seu amor leve. E então seriamos dois, e todas as cartas teriam um destino: dormir e sonhar

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Sonhos e medos

Esta noite foi uma noite difícil de pegar no sono. Ter muitas coisas na cabeça, mudanças e esperas me deixam rodando na cama por horas. Bem, esta noite eu tive um sonho estranho e bom, tinha um toque dos meus medos, minha infância. Eu estava esperando um ônibus para viajar para algum lugar como me falta a lembrança eu e minha irma apareço no carro abarrotado de malas e meus pais nos bancos da frente dirigindo.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Estar preso, doer, corroer, matar.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

A girar o céu e o mar
Se beijam num novo sol
E a luz transforma em cor
A árvore, a terra, o fruto, a flor
Começa o dia
E Lu...cas
Brinca num vale de fontes e rios
A flor lambuzou seu sorriso de mel
Quem queira entrar em sua casa e brincar
Terá que em seus olhos aprender a olhar
De vez em quando se encosta a dormir
E sonha entre andanças de um lavrador
Que com seu canto convida a bailar
A dança de um carrossel
Al girar el ciclo y el mar
Se besan en un nuevo sol
Y la luz transforma en color
El árbor, la tierra, el fruto, la flor
Comienza el dia
Y Lu...cas..
odevezA odlareG

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Borboletas no estômago

Meu corpo uma máquina: sinto todos os seus movimentos e trabalhos, sinto espasmos musculares aos montes, meu estômago exerce sua função fazendo barulhos, inteiramente desordenado; meu intestino foi enrolado dobrado. Tudo que eu mais queria nesse momento era o apoio de uma pessoa, mas essa pessoa me esqueceu. Assisto filmes sozinha, tento dormir sozinha sem nenhum carinho, porque? porque a pessoa que diz me amar simplesmente não acha confortável o espaço onde eu moro ou então não é conveniente para ele vir aqui por não poder trancar a porta e ficar a sós comigo e então acha ainda mais difícil me visitar porque o ônibus é lotado e não tem ar condicionado nem criados para servi-lo. E por que ainda sinto falta dele? estou indo embora.


Simplesmente, ainda acredito naquela pessoa que eu conheci há dois anos, mas vejo que essa pessoa já não existe mais. Me sinto só e com medo. Me sinto deixada de lado por pensar diferente e pedir atitudes diferentes. Eu nunca faltei um dia na casa dele por ele julgar ser o melhor lugar. Não, não era o melhor lugar, porque para mim não há lugar, quando eu amo, não importa onde eu esteja, a presença me completa, seu afeto é mais do que suficiente para me deixar feliz.

eu não me arrependo de ter me apaixonao por alguém, mas

domingo, 23 de janeiro de 2011

Qual o limite entre a realidade e sonho?

De volta em um ano que seria uma promessa. Sonho, quando se está dormindo profundamente capaz de ter visões distorcidas de uma realidade ainda misteriosa. Os sonhos me dão arrepios, invadem meu sono de maneira brusca e detalhada. Essa semana, mais especificamente antes de ontem, tive um sonho agradável, pouco me recordo dele, mas um momento me chamou a atenção: eu estava em um rio de águas negras, estava noite. Meu peito se enchia de risos, sim, eu estava feliz em cima de uma bola gigante onde podia sentar duas pessoas. O céu era de um imenso azul marinho, banhado de estrelas e uma lua branca, a bola balançava na água e aquilo nos fazia rir com nostalgia. Por um momento sinto uma presença nesse céu, uma presença branca, era um tigre branco que aparentava dormir um sono gostoso com um sorriso entre dentes. Minha memória falha e estou em um museu onde há uma exposição e pessoas ocultas dizem ter capturado o tal tigre, fico chocada quando me deparo com os ossos do animal em exposição. Em um momento escuto várias informações que me fogem a mente neste momento, e de repente uma pessoa pisa nos ossos do animal quebrando a estrutura que o sustentava.



Bem, as vezes tenho medo de dormir e sonhar presságios, outro dia mais distante sonhei com uma tsunami, acho que sonho com isso desde criança e me dá um medo. Às vezes eu queria viver nos meus sonhos bons e implorar para não acordar e esquecer. Há um ano e cinco meses eu sonho diáriamente, e esqueci do mundo dos "acordados". Conquistei alguns do meus sonhos e não consigo abrir os olhos, acordar para vê-los de perto. Estou com medo de ser infeliz com que até então era tudo que eu mais almejava, e perder aquilo que fez parte me mim como carne. Eu tenho que quebrar os ossos do tigre branco dos sonhos e fazer aquilo que mais amo na vida que é viver pela minha arte. Das maiores depressões farei as melhores produções. No fim só terei boas lembranças, sonhos lúcidos do meu passado.

sábado, 1 de janeiro de 2011

O juiz dos meus sonhos

Queria que minha vida nos sonhos(ou pesadelos),que minha noite bem dormida fosse minha vida eternamente sufocante como os sonhos devem ser. Para que toda essa realidade e essa vivência? Eu sou um parasita, não me encaixo a esse padrões, sou eu o problema. Mas até quando vou fazer vista grossa para minha irracionalidade e meu desequilíbrio?minha Mãe e melhor amiga me abriu os olhos para isso. Vou chegar a um ponto que vou ficar sozinha se eu não mudar.